20 Set Jonas apresenta novo álbum ‘Maçã D’Adão’ sábado, dia 14, no Capitólio em Lisboa
Segundo disco do artista celebra a riqueza cultural do Fado, inclui os singles ‘Mouraria Moirama’ e ‘Bato a Porta’ e é apresentado ao vivo este sábado, dia 14, no Capitólio, em Lisboa.
“Maçã D’Adão” é o novo álbum do compositor, autor, coreógrafo e fadista Jonas. O disco, inteiramente escrito e produzido pelo artista, celebra a riqueza cultural presente nas sonoridades do Fado, reconstruindo, reinterpretando e projetando as suas várias dimensões que se foram perdendo ao longo dos tempos, numa viagem sonora com influências ibéricas, gitanas, mouriscas ou afro-brasileiras. Este Fado vai beber às suas origens, resgatando a dança extinta do Fado Batido e chegando até nós em toda a sua mundividência.
“Maçã D’Adão” inclui os singles ‘Mouraria Moirama’ e ‘Bato a Porta’, canções que documentam duas das dimensões do álbum: a riqueza cultural e a herança Ibérica da nossa cultura, associada à missão do autor de devolver a dança ao Fado através do projeto Bate Fado, um espetáculo aclamado pelos jornais Público e Expresso, cujo propósito é recuperar o ato de se bater ou sapatear o Fado, num diálogo contemporâneo entre a percussão, a voz e as guitarras.
“Tenho como objetivo que o corpo das pessoas reaja quando estiverem a ouvir este álbum. Por isso, “Maçã D’Adão” baseia-se conceptualmente em três vetores muito fortes, sendo o primeiro a riqueza cultural que o Fado encerra e o exaltar dessas sonoridades ibéricas, afro-brasileiras ou até mesmo árabes, viajando também um pouco de norte a sul do nosso país. Outra dimensão é a mística que está associada ao Fado desde sempre, no sagrado e no profano, abraçando uma ideia de destino, de roda da fortuna e de oráculos, como a leitura das mãos, os búzios ou o tarô, e este álbum vem também recuperar um pouco essa dimensão ritualística, tanto em cena como nas letras e nas temáticas. Por último, é um disco que continua a recuperar a dança do Fado Batido e o resgatar das sonoridades também mais afro-brasileiras, latino-americanas e até mesmo gitanas que estão dentro do Fado, incluindo essa dimensão da dança”
JONAS
O segundo álbum do fadista é, ainda, inspirado pelo primeiro capítulo da Bíblia – Génesis – todo ele ligado à criação, e também pela paixão recente de Jonas pelo barro e cerâmica, com especial enfoque na dimensão pagã e religiosa do figurado de Barcelos, uma dimensão mística, que o artista considera que o Fado também tem. Além de autor, Jonas assume a produção, algo que acontece pela primeira vez na sua carreira. A ele juntaram-se nesta missão Acácio Barbosa, Bernardo Romão, Tiago Valentim e Yami Aloelela, músicos que acompanham o artista há vários anos, bem como Jorge Fernando, figura incontornável do Fado.
O novo álbum de Jonas sucede a “São Jorge”, de 2021. “Maçã D’Adão” será apresentado ao vivo este sábado, dia 14 de Setembro, no Capitólio, em Lisboa. Os bilhetes estão à venda nos locais habituais.
SOBRE JONAS
Artista multidisciplinar, Jonas tem vindo a afirmar-se como referência no panorama artístico português. Bailarino, coreógrafo, cantautor e fadista, tem um percurso de quase duas décadas, que inclui apresentações do seu trabalho autoral em vários palcos nacionais e internacionais.
Ao aperceber-se de que era praticamente desconhecido o facto de o Fado ter sido dançado durante quase metade da sua existência e de que na Lisboa oitocentista, por exemplo, havia uma dança com forte expressão social denominada “Fado Batido” – nome que advém do ato de sapatear, de bater com o pé no chão ao som do Fado – Jonas decide dar início ao processo de devolução da dança ao Fado. Cria a dupla Jonas&Lander e estreia em 2021 “BATE FADO”, considerado o melhor espetáculo de dança desse ano pelos jornais Público e Expresso. Ainda em 2021 edita o aclamado primeiro álbum enquanto cantautor, “São Jorge“, com produção musical de Jorge Fernando e edição pela Valentim de Carvalho e impressiona pela irreverência e frescura na escrita e composição e revela um forte contributo para a expansão lírica do Fado. Em 2022 leva este universo ao Festival da Canção, com o tema ‘Pontas Soltas’.
Influenciado por Músicas do Mundo ligadas a locais e a identidades de povos e o lado étnico que a música pode ter, pelo Flamenco, música Cabo-verdiana, Brasileira, Portuguesa e Africana, bem como por artistas como Cesária Évora, Juanito Valderrama, Chico Buarque, Zeca Afonso ou Amália Rodrigues, Jonas tem como objetivo falar da nossa identidade enquanto portugueses, até porque o Fado está inevitavelmente ligado a ela.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
21€
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