A cantaora andaluza Rocío Márquez é uma das maiores vozes do flamenco contemporâneo. A sua discografia deixa evidente o amor pela tradição deste género, mas também a necessidade de ampliar os seus limites, explorando melodias, instrumentação, e novos arranjos e letras.
Destacou-se ainda cedo na carreira, em 2008, ao receber a lendária Lámpara Minera – a mais importante distinção no mundo do flamenco. Desde então atuou dos mais emblemáticos palcos internacionais, colaborou com artistas de renome, como Jorge Drexler, e editou cinco álbuns de estúdio, sempre muito bem recebidos pelo público e pela crítica. A partir da estreia em Aquí y Ahora (2009), os seus trabalhos seguintes – ‘Claridad’ (2012), ‘El Niño’ (2014), ‘Firmamento’ (2017) – são a crónica de uma descolagem.
Em 2019, Márquez lançou o marcante Visto En El Jueves, disco que reinventa cantes antigos, diferentes palos e música popular espanhola. O álbum arrecadou o prestigiado prémio Les Victoires du Jazz na categoria Melhor Álbum de Músicas do Mundo e contou com apresentações em vários palcos portugueses, de onde se destacam Águeda (Festim, 2019), Lisboa (CCB, 2020), Porto (Casa da Música, 2020), Funchal (Teatro Municipal Baltazar Dias, 2021), Lagos (Centro Cultural de Lagos, 2021) e Braga (Theatro Circo, 2022).
A fase seguinte na carreira da cantaora espanhola chegou em Maio de 2022, com Tercer Cielo, álbum concebido em colaboração com o produtor de música eletrónica Bronquio. O ponto de partida do novo trabalho é o flamenco. Encontram-se estruturas rítmicas, líricas e melódicas de bulerías, rumba, pregón, seguiriyas, tangos, garrotín, milonga, debla, toná, soleá ou verdiales. Cada um destes palos é depois trabalhado segundo diferentes estilos de música electrónica, como o techno, o electro ou o break. O resultado é uma colisão eletrizante entre o passado e o futuro, que transcende géneros musicais e que tem sido apontado em Espanha como um dos álbuns do ano, “destinado a marcar uma era’ (El País, Jun 2022).
‘Tercer Cielo’ tem também reunido enormes elogios pela sua apresentação ao vivo, que pode acontecer essencialmente em dois formatos: um para teatros, composto de encenações com direcção artística de Emilio Rodríguez Cascajosa e Juan Diego Martín Cabeza, e outro mais clássico, cantado e tocado, para apresentações ao ar livre e em festivais.
PRESS QUOTES
“Uma das vozes mais importantes do flamenco contemporâneo.” PÚBLICO
“Rocío Márquez, a jóia do flamenco.” LE MONDE
“Um álbum para marcar uma era” EL PAÍS
“Flamenco alternativo, transgressivo e erudito” LE MONDE
“Rocío está no auge de uma carreira que vai a toda a velocidade” MONDOSONORO
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