Rocío Márquez (Huelva, 1985) é uma das figuras fundamentais da música flamenca do século XXI. Ao afirmar-se como cantaora, assume o legado dos grandes renovadores do género. Com três décadas de percurso artístico, conjuga rigor na investigação, vocação criativa e excelência interpretativa. O resultado é uma contribuição incontornável para que o flamenco se encontre hoje na vanguarda da música contemporânea.
Rocío coloca a sua excelência vocal ao serviço de uma inquietação artística que a leva a ultrapassar os cânones do flamenco sem dogmas nem apegos. A tradição jonda representa para ela um estímulo, uma base a partir da qual levanta voo. Explora melodias, instrumentações, arranjos, letras, texturas vocais e a própria corporeidade flamenca.
A sua discografia é um verdadeiro percurso interior, um manifesto de liberdade e experimentação. Os seus álbuns incluem: Aquí y ahora (2009), Claridad (2012), El Niño (2014), Firmamento (2017), Diálogo de viejos y nuevos sones (com Fahmi Alqhai, 2018), Visto en El Jueves (2019), Omnia vincit amor (com Enrike Solinís, 2020), Flamencos: Falla, Albéniz, Granados (com Rosa Torres Pardo, 2022) e Tercer cielo (com Bronquio, 2022). O ponto de partida deste trabalho é o flamenco. Encontram-se estruturas rítmicas, líricas e melódicas de bulerías, rumba, pregón, seguiriyas, tangos, garrotín, milonga, debla, toná, soleá ou verdiales. Cada um destes palos é depois trabalhado segundo diferentes estilos de música electrónica, como o techno, o electro ou o break. O resultado é uma colisão eletrizante entre o passado e o futuro, que transcende géneros musicais e que foi apontado em Espanha como um dos álbuns do ano, «destinado a marcar uma era» (El País).
Nestes trabalhos, evidencia-se outro dos pilares musicais de Rocío: o desejo de abrir o flamenco ao diálogo e ao encontro com outros estilos. Há incursões na música barroca, clássica, folclore espanhol e latino-americano, música urbana e eletrónica, jazz, canção de autor, pop, rock e música contemporânea. Tudo isto, através de colaborações com artistas de referência como Jorge Drexler, Christina Rosenvinge ou Kiko Veneno.
Em maio de 2025, Rocío apresenta o seu novo álbum, Himno Vertical — uma obra que mergulha profundamente nas raízes do flamenco, entrelaçando-as com a força da poesia clássica e contemporânea. O disco inclui um repertório intenso e expressivo de fandangos, tangos, verdiales, soleá, seguiriya, malagueña e bulerías, com letras originais, e três poemas musicados de William Shakespeare, Juan de la Encina e Friedrich Schiller.
PRESS QUOTES
“Uma das vozes mais importantes do flamenco contemporâneo.” PÚBLICO
“Rocío Márquez, a jóia do flamenco.” LE MONDE
“Um álbum para marcar uma era” EL PAÍS
“Flamenco alternativo, transgressivo e erudito” LE MONDE
“Rocío está no auge de uma carreira que vai a toda a velocidade” MONDOSONORO
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